Cada vez mais os empreendedores, ao estabelecerem seus negócios, demonstram maior preocupação com os impactos sociais e ambientais, e com a relação das suas empresas com a comunidade. Essa mudança de posicionamento representa o que chamamos de empreendedorismo sustentável. Nesse contexto, os gestores buscam mais que o lucro: desejam que sua empresa tenha um propósito e faça diferença na sociedade. No Brasil, já observamos diversas histórias de profissionais que seguiram nessa jornada, desenvolvendo negócios onde a proposta é promover a transformação.
Na cidade do Rio de Janeiro, um casal criou uma padaria artesanal, a Slow Bakery, estabelecendo novas formas de gestão. Os proprietários contratam jovens da periferia, proporcionando a eles uma oportunidade de entrada no mercado. Na empresa também não existe hierarquia tradicional: criou-se um esquema de trabalho onde toda a equipe, por revezamento, executa todas as funções. A proposta é capacitar os profissionais para atuarem em todos os processos. Na fabricação dos pães e outros produtos, são utilizados ingredientes naturais. As entregas também são realizadas por bicicleta. Como observamos, o empreendimento é sustentável em todos os aspectos.
Outra grande organização que também se relaciona ao empreendedorismo sustentável no país é a Natura. A empresa atua em várias frentes, buscando novas formas de produção que impactem menos o ambiente, além de desenvolver projetos com diversas comunidades, gerando renda a inúmeras famílias. Acompanhei algumas entrevistas do Marcelo Behar, vice- presidente de Sustainability & Group Affairs na Natura & Co; ele deixa claro que a preocupação com questões sociais e ambientais tornou-se ponto essencial para empresas que desejam desenvolver uma relação sólida e coerente com o consumidor.
O próprio mercado apresenta uma demanda crescente nesse sentido. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) constatou que 61% das pessoas mudariam seu estilo de vida para beneficiar o meio ambiente e 70% aceitariam pagar mais caro por produtos que não causam grandes impactos na natureza. Como podemos perceber, os consumidores estão cada dia mais informados e cobrando um posicionamento das organizações sobre seus papéis diante de questões ambientais e sociais. Dessa maneira, desenvolver ações que impactam positivamente a comunidade e o ambiente deve ser parte do princípio de qualquer negócio.
Rodrigo Diniz Mascarenhas Subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo de Minas Gerais é um reconhecido empreendedor de sucesso que pretende usar todos os seus conhecimentos e experiências no mundo dos negócios e da tecnologia para contribuir com o desenvolvimento da sociedade.
https://rodrigomascarenhas.com.br/